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A Comissão Mista de Gestão do Parque Natural do Litoral Norte (PNLN), em Esposende, apelou a “acções urgentes” para regular a pesca do ouriço-do-mar naquela zona, garantindo assim a sustentabilidade da espécie, foi ontem anunciado.
Em comunicado, o município de Esposende, que integra aquela comissão, afirma que o objetivo é fixar os limites anuais de pesca e o número de licenças no Parque Natural do Litoral Norte.
Aquela comissão enviou uma carta à Direção-Geral dos Recursos Naturais, Segurança e Serviços Marítimos (DGRM), propondo a realização de um estudo da evolução populacional da espécie, com particular enfoque no P. lividus, “uma vez que há mais e o a demanda é menos profunda e está listada entre as espécies de animais protegidas pela Convenção de Berna.
O município explica que com o aumento da procura de produtos gourmet e devido à escassez global de ovas de esturjão, os ouriços-do-mar “estão a emergir como uma nova fonte de caviar, pois os seus preços estão a atingir preços elevados nos mercados, especialmente nos países asiáticos e na Espanha e na Espanha.” França”.
Acrescenta que uma espécie de ouriço-do-mar encontrada em abundância na costa norte – Paracentrotus lividus – é “comercialmente procurada e bem aceite nestes mercados”, sendo a maior parte da captura naquela zona vendida a grupos espanhóis que, depois de explorarem para espécies excedentárias no seu país, utilize Agora os stocks desse parque marinho existem para satisfazer a procura.
O município confirma ainda que as gónadas são particularmente valiosas no período de dezembro a fevereiro, altura em que os seus ovos atingem maiores dimensões e estabilidade na consistência.
No entanto, a pesca ocorre durante todo o ano, permitindo ao pescador titular de licença – emitida e renovada anualmente – exercer a actividade na área sob jurisdição do capitão da sua residência e em zonas adjacentes, com uma captura diária máxima de 50 quilogramas. .
“Na costa de Esposende os limites de pesca são sistematicamente ultrapassados e há muitas operações de pesca ilegal repetidamente documentadas”, confirma.
A Comissão Mista de Gestão do PNLN reconhece que é possível encontrar um “equilíbrio justo” entre a conservação ambiental, a exploração económica dos recursos e os interesses das comunidades locais.
Diz que são uma espécie de crescimento lento e que a crescente pressão humana sobre este recurso levanta preocupações sobre a sustentabilidade ambiental da sua cultura, “porque afecta significativamente a sua estrutura populacional, reduzindo a densidade, o tamanho e a biomassa média da espécie, o que irá , se ainda não causou, em declínios radicais na população local.
Neste contexto, pede-se às autoridades responsáveis que avaliem a situação e ajam em conformidade, “uma situação que cumpra os princípios dos objetivos de desenvolvimento sustentável do Plano 2030 das Nações Unidas”.
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