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A notícia deixa necessariamente um sabor agridoce, beirando o amargo. Julian Assange foi libertado esta segunda-feira após acordo com procuradores dos Estados Unidos. Apanhou um avião – cujos custos terá de pagar – que o levou a Banguecoque, de lá para um território dos EUA no Oceano Pacífico, as Ilhas Marianas do Norte, onde um juiz dos EUA muito provavelmente ratificará o acordo, e depois ele voará para seu país natal, a Austrália. Não podemos deixar de nos alegrar com este resultado. Para ele, para sua família, para sua esposa, Stella, para os dois filhos pequenos que só conheceram o pai atrás das grades. Por outro lado, é impossível não lamentar que o fundador do Wikileaks tenha passado um total de 11 anos na prisão, tentando evitar a sua extradição para os Estados Unidos. Também é impossível ignorar a mensagem que tudo isto envia aos Estados Unidos. mundo, ao jornalismo de investigação, aos defensores da liberdade de imprensa e a todos os cidadãos, em qualquer país, que contam com isto como um pilar fundamental das sociedades democráticas em que vivem ou aspiram viver.
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