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Um estudo conduzido pela Academia Chinesa de Ciências mostrou que os cientistas conseguiram identificar um tipo de musgo desértico altamente resistente na região de Xinjiang, no oeste da China, que poderia ajudar a sustentar potenciais colônias em Marte.
Num artigo publicado na revista Innovation na semana passada, os investigadores descobriram que o musgo – Syntrichia caninervis – é capaz de resistir a secas extremas, temperaturas extremamente baixas e radiação quando exposto a condições que imitam o ambiente de Marte.
O musgo pode servir como “a base para o estabelecimento e manutenção de um ecossistema, contribuindo para a produção de oxigénio, sequestro de carbono e fertilidade do solo”, afirmaram os investigadores no estudo publicado em 1 de julho.
Descobertas da NASA do ano passado, incluindo amostras incomuns de asteróides e descobertas galácticas
“Isso poderia ajudar a impulsionar os processos atmosféricos, geológicos e ecológicos necessários para as plantas superiores e outros animais, ao mesmo tempo que facilita a criação de novos ambientes habitáveis conducentes ao assentamento humano a longo prazo”, acrescentou o estudo.
Na pesquisa, os cientistas descobriram que mesmo depois de perder mais de 98% do seu conteúdo de água celular, o musgo conseguiu recuperar as atividades fotossintéticas e fisiológicas segundos após ser hidratado.
Quando a planta está saudável, ela também pode suportar temperaturas extremamente baixas e se regenerar após ser armazenada na geladeira a 112 graus Fahrenheit negativos por cinco anos ou em nitrogênio líquido por um mês.
O musgo é encontrado em Xinjiang, no Tibete, no deserto da Califórnia, no Oriente Médio e nas regiões polares.
A corrida para colocar uma maior presença no espaço levou a China e os Estados Unidos a lançarem planos de exploração nos últimos anos.
As missões chinesas incluem o lançamento da sonda Tianwen 2 para explorar asteróides próximos da Terra no próximo ano, e a sonda Tianwen 3 em aproximadamente 2030 para trazer amostras de Marte. No mês passado, a China recuperou amostras do outro lado da lua.
Nos Estados Unidos, a NASA elaborou um plano de 20 anos para Marte, buscando respostas sobre se o planeta vermelho é habitável para humanos.
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