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Riad El Shtiwi abre uma pasta com documentos em árabe e hebraico, compilados ao longo de décadas, para explicar como ele e a sua esposa Widad e quatro dos seus filhos (que nasceram em Israel) acabaram em Gaza entre a fome e as bombas. Um “aqui” difícil de definir: uma aldeia precária no deserto israelense de Negev que não tem nome oficial nem aparece nos mapas, como dezenas de outras chamadas “aldeias não reconhecidas”, principalmente beduínas. É conhecida como Tel Arad, devido à sua proximidade com o sítio arqueológico homônimo a cerca de 25 quilômetros do Mar Morto, embora estejam separados por uma estrada de terra não sinalizada com camelos nos quais seu clã familiar completou uma viagem por três territórios (Egito, Gaza e Israel) que conta meio século de história do conflito no Médio Oriente.
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