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A associação empresarial que representa a indústria eléctrica digital (Agefe) quer que o governo implemente um programa de apoio à substituição de eletrodomésticos ineficientes, um projecto que foi previsto, mas nunca implementado, por sucessivos CEOs desde 2008.
Num comunicado hoje divulgado, a Associação Empresarial dos Sectores Eléctrico, Doméstico, Electrónico e TIC (Agefe) referiu que a Estratégia Energética Nacional está implementada há quase 20 anos (Decisão do Conselho n.º 169). /2005, de 24 de Outubro), a que se seguiu o Plano de Acção Nacional para a Eficiência Energética – Eficiência Portugal 2015 (Resolução do Conselho de Ministros n.º 80/2008, de 17 de Abril), mas “embora estas medidas já estivessem planeadas e organizadas, elas não foram colocados em prática.”
“Ao longo destas duas décadas, apenas recebemos sinais secundários, com programas como o ‘Vale Eficiência’ e os ‘Edifícios Mais Sustentáveis’, com foco em equipamentos como janelas e aparelhos de ar condicionado”, afirma Daniel Ribeiro, Diretor Geral da Agefe. Em um comunicado.
No entanto, destaca que a realidade é que a substituição de aparelhos em fim de vida “tem o potencial de gerar poupanças globais significativas em termos de energia, água e emissões de gases com efeito de estufa, bem como nos orçamentos domésticos”: “Um frigorífico comprado hoje é usado em média, energia Menos de metade da energia comprada há 15 anos.
O presidente da associação afirma que a associação “insta os governos a adotarem um programa de apoio à substituição de eletrodomésticos ineficazes instalados nas casas portuguesas”, sublinhando que “o povo vai ganhar e o país vai ganhar”.
“Não faltam exemplos de países que fizeram isso”, sublinha, apontando os exemplos de Espanha, Grécia ou Hungria.
No entanto, lamenta que “em Portugal, apesar de ser uma ação prevista nos planos de ação de eficiência energética desde 2008, nunca tenha sido implementada”.
Reconhecendo que as famílias portuguesas “mantêm em casa eletrodomésticos ineficientes, principalmente devido ao seu baixo poder de compra e à necessidade de equilíbrio na gestão dos seus orçamentos domésticos”, Ajivi salienta que nas últimas duas décadas o consumo de energia em novos modelos de eletrodomésticos “ diminuiu 50 por cento.”
Sobre a recomendação que dirigiu recentemente ao novo governo, a associação afirmou que “as ideias base não são novas”, pois são um programa em que tem insistido e que “deveria ter sido implementado há muito tempo”.
Numa primeira fase, a AGEFE recomenda a implementação de um programa direcionado para máquinas de lavar roupa, máquinas de lavar loiça e frigoríficos: “Defendemos vários princípios para a organização de um programa deste tipo, incluindo a relação proporcional entre o valor do subsídio e as poupanças esperadas; Liberdade de escolha do consumidor para escolher o(s) aparelho(s) que pretende substituir e ativar o apoio através de vouchers concedidos pelo Estado”, destaca o Diretor-Geral.
“Esperamos que com este governo este programa possa arrancar”, acrescenta Daniel Ribeiro.
Um inquérito às vendas de eletrodomésticos da linha branca realizado pela Agefe em 2023 junto das empresas do setor revelou que quase 60% dos frigoríficos, máquinas de lavar, secar e máquinas de lavar loiça presentes no mercado português em 2023 pertencem às quatro categorias de menor eficiência energética (D, E e F) . e G) associados ao elevado consumo de água e energia elétrica.
Fundada em julho de 1975, a Agefe é composta por 158 empresas com um volume de negócios global superior a 5.000 milhões de euros e emprega cerca de 11.000 trabalhadores.
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