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Avaliação ambiental para reestruturação das docas de Quarteira em consulta pública

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A Agência Portuguesa do Ambiente (APA) anunciou hoje que o Estudo de Impacte Ambiental (EIA) da reestruturação das docas de Quarteira, em Loulé, na região do Algarve, está sujeito a consulta pública de sexta-feira até 17 de outubro.

Os elementos constantes do estudo preliminar do “Projecto de Execução da Evolução do Litoral – Reestruturação do Cais de Quarteira” enviado pela APA, enquanto Autoridade Única de Licenciamento Ambiental, estão disponíveis no portal Participa (

Segundo a APA, o objetivo geral do projeto é identificar uma intervenção que “permita melhorar a dinâmica sedimentar do troço de Quarteira, […] Tendo em conta as atividades humanas e económicas que ali se desenvolvem e que dependem do funcionamento deste sistema.”

“O fenómeno de perturbação marítima, ou seja, fenómenos meteorológicos extremos, tem causado graves danos na zona costeira de Quarteira, direta e indiretamente”, refere o relatório síntese da entidade.

Segundo a APA, os impactos verificam-se no recuo da linha costeira, na redução da largura das praias, nas inundações nas zonas baixas da costa de Quarteira, na degradação das infraestruturas costeiras, na erosão e desmantelamento de falésias e dunas, e na degradação das infraestruturas costeiras. Destruição de prédios urbanos (Vale do Lobo e Forte Novo).

Além disso, salienta, a subida sistemática do nível médio do mar, “com expectativas de um forte aumento nas próximas décadas, irá provavelmente agravar os problemas identificados”.

No início de agosto, o ministro do Ambiente anunciou um investimento de 16,7 milhões de euros para proteger a costa algarvia, com intervenções na faixa costeira de Loulé e Portimão, na província de Faro, numa extensão total de oito quilómetros.

A maior operação é a prevista para o troço Quarteira – Garão (Lulle), com um investimento de 14,3 milhões de euros, que consiste na recarga artificial daquela área, ao longo de uma extensão de 6,6 km, combinando reposição de areia e proteção. Das encostas.

Segundo a APA, “foram identificados vários cenários de reestruturação dos esporões”, como a redução do seu número, o aumento da extensão de outros, e a alimentação artificial de areia, tendo em conta as condições actuais como a subida do nível médio do mar e as alterações climáticas, de modo a para apoiar a tomada de decisões que levará à implementação do projeto.”

Após o processo de avaliação dos impactes ambientais resultantes das fases de construção, exploração e desenvolvimento e das soluções identificadas na fase de estudo preliminar, é selecionada a solução mais adequada para a reestruturação, diz a APA.

Seguidamente será elaborado um projeto de implementação da reestruturação das docas de Quarteira, que inclui planos de segurança e saúde, montagem técnica, prevenção, gestão de resíduos de construção e demolição e assistência técnica especial em obra.

De acordo com a APA, e no âmbito do processo de consulta pública, serão consideradas e avaliadas todas as opiniões e sugestões apresentadas por escrito, desde que digam especificamente respeito ao projeto em avaliação.

As exposições deverão ser dirigidas ao Presidente do Conselho de Administração da Agência Portuguesa do Ambiente até 17 de outubro.

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