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A Associação de Agricultores do Distrito de Castelo Branco (ADACB) lamentou hoje o cancelamento do projecto de desenvolvimento agrícola hidropónico no Bloco Jardonha Sol – Marateca e insistiu em exigir investimentos públicos que permitam a rega dos campos.
“Não é possível continuar a adiar estes investimentos, sendo necessário adoptar as questões técnicas e financeiras necessárias à sua implementação, de forma a garantir o desenvolvimento social e a actividade produtiva”, afirmou, numa comunicação enviada hoje ao Agência Lusa ADACB.
A Comissão de Gestão do Programa Nacional de Rega cancelou recentemente a aprovação do desenvolvimento agrícola hidropónico em Jardonha sul Bloco da Marateca, significando o correspondente indeferimento do pedido.
A Área de Desenvolvimento Hidropónico Gardonha Sul – Região da Marateca integra o Programa Nacional de Regadios (PNRegadios) desde 2021, altura em que o governo anunciou a atribuição de 50 milhões de euros a este programa para beneficiar cerca de 13 mil hectares.
Em Outubro de 2022, a Ministra da Agricultura, Maria do Céu Antunes, disse que a construção deste sistema de rega estava sujeita a uma avaliação das condições.
Este sistema de rega, que abrange os concelhos de Castelo Branco e Fundão, numa área conjunta de 2.000 hectares, envolve a recolha de água na albufeira de Santa Águeda.
“A ADCB reconhece e lamenta o cancelamento pelo governo do Projeto de Desenvolvimento Hidropônico Agrícola do Bloco Jardonha Sol-Maratica”, dizia o memorando.
A associação sublinhou ainda que os agricultores que lhe estão associados “exigem há muito tempo com urgência investimentos públicos que permitam a irrigação de campos nos concelhos do Fundão, concretamente nas freguesias de Valle Prazeres, Urca, Castelo Novo e Solheira, e em Castelo Branco, em as freguesias de Lardoza, Alkins e Castelo Branco.”
Argumentam ainda que este tipo de investimento não pode continuar a ser adiado.
“Há um consenso de que a agricultura necessita urgentemente de investimentos que permitam a irrigação das culturas sem pôr em risco o abastecimento de água à população.”
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