.

Os quatro grandes incêndios que hoje ardem na região de Aveiro estendem-se por cerca de 100 quilómetros de circunferência, e devoraram até agora uma área de 10 mil hectares de floresta, segundo a Proteção Civil.
A informação foi avançada pelo Segundo Comandante Nacional de Emergência e Proteção Civil, Mário Silvestre, durante um “briefing” realizado pelas 10h45, no Centro de Comando de Área, em Oliveira de Azemes.
O Comandante começou por explicar que a operação de combate aos quatro incêndios de Águeda, Albergaria Velha, Sevir do Foja e Oliveira de Azimes foi solicitada pelo Comando Nacional da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil.
Depois de uma inspecção de helicóptero à envolvente do incêndio, Mário Silvestre disse que a situação era “muito complexa”, acrescentando que não estavam disponíveis “oportunidades para combater o incêndio” durante a noite.
“O vento não nos ajudou”, observou. Ele notou que o vento estava a cerca de 70 quilómetros por hora durante a noite, com temperaturas a atingir os 25 graus e uma humidade relativa de cerca de 30%.
O comandante disse ainda que durante a noite, 57 pessoas tiveram de ser evacuadas das suas casas, resultando em 54 vítimas, 17 das quais tiveram de ser transportadas para o hospital por medidas de segurança.
Segundo Mário Silvestre, às 10h45, o incêndio ainda estava ativo em todo o seu perímetro, mas a prioridade estava sobretudo “na zona sul do incêndio, na zona de Águeda, à esquerda da autoestrada A25, que é a área.” O que levanta mais preocupações.”
“São incêndios muito esporádicos e com um desenvolvimento orientado pelo comportamento do vento”, disse Mário Silvestre, acrescentando que neste momento não há aldeias em risco, mas “esta é uma realidade que pode acontecer a qualquer momento, dadas as dificuldades condições climáticas.” rede urbana existente.
Sobre os recursos que têm sido mobilizados, o comandante disse que têm havido operações de rendição, lembrando que o número de incêndios que o país atravessa faz com que a agência esteja “sob grande pressão e pressão”.
Mário Silvestre informou ainda que ainda há dificuldades para os meios aéreos fazerem face a estes incêndios devido ao fumo, uma vez que estão a operar quatro meios aéreos na zona de Águeda.
Pelo menos quatro pessoas morreram e outras 40 ficaram feridas, duas delas em estado grave, nos incêndios que assolam desde domingo as regiões Norte e Centro do país, como Oliveira de Azemes, Albergaria Avilha e Sevier do Voga em a província de Aveiro, destruindo dezenas de habitações e bloqueando estradas e autoestradas como A1, A25 e A13.
Esta manhã, cerca das 09h30, a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) registou mais de 140 ocorrências, envolvendo mais de cinco mil operacionais, apoiados por 1.600 meios terrestres e 21 meios aéreos.
A Proteção Civil estima que tenham ardido pelo menos 10 mil hectares na Área Metropolitana do Porto e no distrito de Aveiro.
.