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Um estudo com parceiros portugueses vai avaliar, até ao final do ano, a possibilidade de projetos cabo-verdianos de recolha e reciclagem entrarem no mercado de créditos de plástico para se financiarem, disse à Lusa um responsável.
“Os créditos representam quantidades de plástico devidamente certificadas e controladas, recolhidas do ambiente ou recicladas” que podem ser vendidas “no mercado global, a empresas que por sua vez integram esses créditos nas suas estratégias de sustentabilidade”. explicou Rita Barros Silva, membro da Associação Portuguesa de Empresas de Tecnologia Ambiental (Apemeta).
A apresentação pública do estudo está marcada para Novembro, mas até lá o programa inclui dois fóruns que se realizam hoje, no Mindelo, na ilha de São Vicente, e na sexta-feira, na capital, Praia, na ilha de Santiago. .
Os trabalhos tiveram início em maio e, após a fase de diagnóstico, progridem para reuniões que “visam estimular a participação dos diversos agentes da cadeia de valor do plástico, organismos públicos e privados, associações e cidadãos, na discussão dos aspetos práticos necessários à adoção deste mecanismo de financiamento.”
A certificação é uma das etapas importantes, pois “garante confiabilidade, rastreabilidade e transparência de todo o processo, facilitando as transações no mercado global”.
“Com base nos contextos facilitadores identificados neste estudo, como campanhas de limpeza de praias, projetos de reciclagem e conversão de plástico e incentivos legais para a redução de plástico, os atores cabo-verdianos podem agora começar a obter certificados para as quantidades recolhidas ou avaliadas, e assim obter O financiamento somou-se à continuidade dos seus projetos.
Concluiu que todos os plásticos recolhidos do ambiente poderiam ser sujeitos a certificação de recolha, “onde existe um segundo crédito plástico para todos os plásticos que recebem um destino melhor: reutilização, reparação, reciclagem e transformação”.
Abemeta aponta várias vantagens neste processo: reduzir a utilização de plástico no ambiente, aumentar a circularidade dos materiais e libertar as comunidades locais através da criação de “empregos verdes”.
O estudo foi realizado pela Apemeta e cofinanciado pelo Camões – Cooperação Portuguesa, com o apoio técnico da C-Plastic e parcerias estratégicas locais com a Câmara de Comércio do Barlavento e a Associação de Defesa do Ambiente e Desenvolvimento (ADAD). .
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