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Região vinícola de Lisboa com queda de produção de 25%

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Ontem, a região vitivinícola de Lisboa estimou uma quebra de produção de 25%, numa altura em que termina a época das vindimas das uvas brancas e começa a época das vindimas das uvas tintas.

“Pretendemos uma redução de 25%”, afirmou Francisco Toscano Rico, responsável pela Comissão Vitivinícola Regional de Lisboa. O declínio foi estimado em menor que a média dos últimos cinco anos.

“Há um declínio da produção – depois de um ano de produção elevada, há uma tendência para o declínio da produção da vinha – e condições climáticas caracterizadas pela pluviosidade e pela humidade, que têm levado ao aumento de doenças como o oídio nas folhas e cachos.”

Apesar da queda inicial estimada para este ano de 15%, muitos produtores registam quebras de 40%, razão pela qual “quem tratou preventivamente, e entrou na vinha no momento certo, não sofre perdas tão grandes na produção e aproveite a qualidade.” Na vinha fica comprovado quando as uvas são entregues nas caves.”

Esta diminuição é compensada pela produção de vinhas novas plantadas nos últimos três anos.

A atual onda de calor e o clima quente, segundo Francisco Toscano Rico, também podem afetar a produção prevista para a colheita, ao “não ajudar na maturação e ajudar na seca, o que se traduz em menor produção”.

Apesar da quebra na produção de uva, as vendas de vinho bateram recordes, com 50 milhões de garrafas vendidas nos primeiros oito meses do ano, registando um crescimento de 4% e faturas adicionais de dois milhões face a 2023.

Apesar da inflação e das mudanças nos hábitos de consumo, o crescimento é impulsionado pelo aumento dos vinhos brancos, rosés e leves na região, por terem menor teor alcoólico.

“As pessoas estão a consumir menos, mas de forma diferente, com tendência para optar por vinhos brancos, rosés e espumantes, que são mais recentes e menos alcoólicos”, explicou, acrescentando que as vendas de vinhos leves aumentaram 80% nos primeiros oito meses do ano. . ano.

Os vinhos de Lisboa faturam anualmente 150 milhões de euros com a venda de 50 milhões de garrafas, das quais 20% são vendidas no mercado nacional e 80% são exportadas para uma centena de países, incluindo EUA, Reino Unido, Brasil e Canadá. Escandinávia, Alemanha e Polónia são os principais mercados externos.

Lisboa é a região vitivinícola do país que exporta o maior volume de vinho per capita, representando 20% da quota nacional.

A região vitivinícola representa 230 produtores e tem uma área de 11.500 hectares de vinha e contém oito vinhos (Alenquer, Arruda, Torres Vedras, Óbidos, Encostas de Air, Bosillas, Carcavelos e Colares), uma aguardente (Lorinha) de categoria de origem e dois vinhos regionais de Lisboa (um dos quais é o único vinho leve do país).

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