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A Guarda Nacional Republicana revelou que sete homens foram detidos entre sábado e a madrugada de ontem, por suspeita da prática do crime de incêndios florestais, nas zonas de Leiria, Castelo Branco, Porto e Braga.
A Guarda Nacional afirmou num memorando que reforçou “os procedimentos de patrulhamento, vigilância e detecção de incêndios, num esforço para responder eficazmente às condições meteorológicas adversas, devido ao agravamento do perigo de incêndio, às altas temperaturas, aos ventos fortes e à baixa humidade relativa do ar”.
Neste contexto, “sete pessoas foram detidas pelo crime de incêndios florestais neste período” de 14 a 17 de setembro, “de um total de 33 detidas desde o início de 2024”, segundo o comunicado.
Os suspeitos, todos do sexo masculino, foram detidos pelo crime de incêndios florestais em Pombal, Região de Leiria (75 anos), Póvoa do Lanhoso, Região de Braga (48 anos), Malpica do Tejo, Região de Castelo Branco (61 anos). ), Pombal (36 anos), S. Mamede, Leiria (38 anos), e dois em Campo, Valongo, zona do Porto (48 e 64 anos).
Segundo a Guarda Nacional, a negligência no uso do fogo “constitui uma das causas mais relevantes dos incêndios já investigados este ano”, apelando “aos cidadãos que se abstenham de recorrer a qualquer tipo de uso do fogo, incluindo o uso de máquinas em áreas florestais.”
O memorando refere ainda que a GNR, através do Serviço de Protecção da Natureza e do Ambiente (Sepna), tem “a sua preocupação diária com a protecção do ambiente e dos animais” e que, para o efeito, é disponibilizada a linha SOS Ambiente e Território ( 808200520), em funcionamento permanente “pode ser utilizado para denunciar infrações ou esclarecer dúvidas”.
Sete pessoas morreram e outras 40 ficaram feridas, duas delas com gravidade, nos incêndios que assolam desde domingo o Norte e Centro do país, nas regiões de Aveiro, Porto, Vila Real e Viseu, destruindo dezenas de habitações e forçando estradas e rodovias ao colapso. Pode ser cortado, como A1, A25, A13.
As últimas vítimas são três bombeiros que morreram hoje num acidente quando se dirigiam para um incêndio em Taboa, na região de Coimbra.
A área ardida em Portugal continental desde domingo ultrapassa os 62 mil hectares, segundo o sistema europeu Copernicus, que mostra que nas regiões Norte e Centro, atingidas pelos incêndios desde o fim de semana, já foram ardidos 47.376 hectares.
O governo prolongou o estado de alerta devido ao perigo de incêndios até quinta-feira, face à previsão meteorológica, e anunciou a formação de uma equipa multidisciplinar para fazer face às repercussões dos incêndios dos últimos dias, coordenada pelo vice-ministro do Território. Coesão, Manuel Castro Almeida, que teve hoje a primeira reunião em Aveiro.
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