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Houve um tempo em que a mera presença de Boris Johnson enchia o caucus conservador na Câmara dos Comuns, pronto para torcer por suas piadas e vaiar a oposição. Quando esta segunda-feira chegou a hora de debater o relatório da Comissão Parlamentar de Privilégios, que acusa o ex-primeiro-ministro de ter escondido a verdade aos deputados sobre as festas proibidas em Downing Street durante a pandemia, o escândalo conhecido como portão da festa, a sede da soberania nacional britânica apresentava uma aparência triste e desamparada. O próprio Johnson, no mesmo dia em que completou 59 anos, comemorou seu aniversário longe do Parlamento. Ele havia renunciado ao cargo pouco antes da publicação do relatório e, desde então, se dedica a acusar os membros da comissão de serem preconceituosos, injustos e desleais ao atual governo.
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