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O golpe no Níger semeia ansiedade no parque nuclear francês

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A França parece preocupada com a frágil situação política no Níger após o golpe militar da semana passada. Não só por suas conexões históricas mais do que óbvias -os laços coloniais duraram até a década de 1960-, mas também por seus estreitos laços econômicos. A segunda maior potência europeia não só é o principal destino das exportações nigerianas, segundo dados do Banco Mundial, como estas se concentram sobretudo numa matéria-prima, o urânio, essencial ao funcionamento das suas centrais nucleares. A energia nuclear é fundamental para a França: cobre, por si só, cerca de 70% da eletricidade que o país consome a cada ano.

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Assalto frustrado à embaixada

Manifestantes a favor do golpe militar no Níger tentaram, sem sucesso, no domingo, invadir a Embaixada da França em Niamey. Eles conseguiram arrancar a placa da porta, em meio a gritos contra a França e a favor da Rússia e dos golpistas. O gabinete do presidente francês Emmanuel Macron respondeu com um comunicado alertando: “O presidente não tolerará nenhum ataque contra a França e seus interesses”, especificando que Paris responderá a qualquer ataque contra seus diplomatas, forças armadas ou empresas. Os líderes da Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental também deram ontem aos líderes do golpe um ultimato de uma semana para restaurar a ordem constitucional. Caso contrário, disseram, não excluem “o uso da força”.

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