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O presidente francês, Emmanuel Macron, anunciou a sua intenção de consagrar o direito ao aborto na constituição do país.
Na quarta-feira, Macron discursou perante o Conselho Constitucional, onde apresentou a sua vontade de introduzir alterações ao documento que rege o país.
Um dos pontos levantados durante o discurso foi o desejo do presidente de acrescentar o direito ao aborto diretamente à Constituição.
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“Quero que o poder desta mensagem nos ajude a mudar a nossa Constituição para consagrar a liberdade das mulheres de recorrer ao aborto voluntário”, disse Macron à multidão.
Macron fez a sua apresentação ao Conselho em reconhecimento do 65º aniversário da Constituição Francesa.
A Assembleia Nacional já tinha votado pela consagração do “direito” ao aborto por uma maioria esmagadora.
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No entanto, quando a questão chegou ao Senado, os legisladores da Câmara Alta favoreceram uma linguagem que declarasse a “liberdade” da mulher para fazer um aborto.
O Presidente francês disse esperar que o governo consiga “encontrar um texto que concorde com as opiniões da Assembleia Nacional e do Senado e permita a realização do Congresso em Versalhes”.
O aborto foi descriminalizado em França em 1975, e os franceses continuam a ser, em grande parte, pró-escolha, embora o procedimento tenha limitações à gravidez.
França limita a maioria dos abortos às 14 semanas, que só recentemente aumentou de 12 semanas em fevereiro. Isto torna-o semelhante a outros países da Europa, embora mais restritivo do que a Inglaterra, onde os abortos são na sua maioria limitados a até 24 semanas.
Adam Shaw, da Strong The One, contribuiu para este relatório.
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