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Uma família chega ao Centro de Informação Familiar do maior hospital perto de Gaza, Barzilai, na cidade israelense de Ashkelon. Com os olhos vermelhos, os nervos à flor da pele e sem tirar o celular, eles dão o número de identificação de uma irmã para saber se ela está internada. Não aparece no banco de dados. É a mesma resposta que receberam em três outros hospitais desde sábado, quando as milícias de Gaza mataram 900 pessoas – principalmente civis – no dia mais mortal dos 75 anos de história de Israel, que desde então bombardeou massivamente a Faixa. causando 788 mortes. “Não temos notícias dela desde sábado. Nada. Não há nenhum número de telefone para o qual não tenhamos ligado e ninguém nos responda”, diz um deles, David. O desaparecido estava no festival Nova, perto do kibutz de Reim e tudo se transformou num massacre: 260 mortos e dezenas de sequestrados, hoje presumivelmente mantidos na clandestinidade em Gaza. “Conversamos com todo mundo que foi com ela ao festival e ninguém sabe de nada. “Todo mundo se separou quando as coisas começaram”, diz ele antes de entrar no elevador. Nem viram isso nos vídeos e fotos do local que circulam pela mídia e redes sociais.
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