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A coragem de votar nas cidades tomadas pelos narcotraficantes no Equador

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Elementos do Exército guardam os centros de votação de Durán.

“Venho votar com medo, olhando para todos os lados”, diz Yolanda enquanto caminha em ritmo acelerado. “Vejo que não há pessoas por perto de motocicleta, com máscara, capuz ou capacete, porque nós que moramos aqui sabemos como são os criminosos”. Acabou de votar na escola Rafael Larrea, no setor Recreo de Durán, uma das cidades mais perigosas do Equador, sequestrada por duas quadrilhas criminosas que praticam tiroteios a qualquer hora do dia. “Ontem à noite mataram um menino a alguns quarteirões daqui”, conta Josué, 24 anos, jovem que trabalha como pedreiro em outra cidade. Ele está grato por estar longe porque as gangues recrutam pessoas da idade dele “e uma vez que você diz sim, você está ferrado, você nunca mais poderá sair, vários dos meus amigos e até familiares fazem parte desses grupos e não discriminam de forma alguma.”

Elementos do Exército guardam os centros de votação.

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Os cidadãos vão votar em Durán.Um membro do Exército monta guarda na entrada de um centro de votação.

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