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INTRODUÇÃO
Desde a sua criação, as bibliotecas mantêm sua soberania como principal depósito de conhecimento na sociedade. Hoje, novas tecnologias de informação equipadas com computador, telecomunicações e mídia óptica estão afetando seriamente as bibliotecas. ICTS, para abreviar, é usado aqui para incluir hardware de computador, software e equipamentos de telecomunicações. Tem sido uma ferramenta indispensável e de grande impacto global. De todas as tecnologias diversificadas do nosso tempo, o progresso na tecnologia da informação e comunicação sem dúvida teve e continua a ter uma influência considerável na economia global. Torna possível coletar, processar e transmitir informações em uma velocidade impressionante e custos decrescentes. Aumenta a produtividade, melhora a qualidade e eficiência em todos os tipos de serviços.
O impacto é visto em diversas áreas, como saúde, finanças e bancos, transporte, publicação e gestão. A tecnologia da informação já está mudando nossas vidas de várias maneiras. Facilita a comunicação independentemente da distância, alivia muito o trabalho duro, sujo e repetitivo e dá controle sobre o ambiente natural. Como Knopp (1984) observou realisticamente, a biblioteca está atualmente em uma encruzilhada e deve tentar encontrar um equilíbrio útil entre as funções e métodos tradicionais da biblioteca e os novos desafios. O bibliotecário universitário africano pagará um preço tremendamente alto para preservar os serviços tradicionais e abraçar os avanços tecnológicos. Não obstante, deve ser pago se o bibliotecário africano quiser se interpor ou permanecer o mediador entre o usuário e a informação. É papel do bibliotecário garantir que o uso resultante de computadores e telecomunicações e qualquer outra tecnologia apropriada contribua de maneira econômica para as necessidades de estudos e pesquisas, uma vez que “os bibliotecários têm experiência em adquirir materiais em uma variedade de formatos e torná-los acessível para uma variedade de propósitos” (Simpson, 1984, p.38).
O BIBLIOTECÁRIO DA UNIVERSIDADE AFRICANA
Dois programas da Federação Internacional de Associações e Instituições de Bibliotecas (IFLA), o Controle Bibliográfico Universal (UBC) e a Disponibilidade Universal de Publicações (UAP), contribuíram imensamente para um acesso amplo e fácil à informação impressa. Algo semelhante pode ser feito para fornecer o mesmo acesso às informações eletrônicas. Os bibliotecários universitários africanos poderiam pegar o legado dos programas acima mencionados e transpô-los para uma nova visão para um futuro eletrônico.
Na segunda reunião do Comitê Ad Hoc de Bibliotecas Universitárias, realizada em Acra em 1999, destacou-se a necessidade de priorizar a melhoria e as questões de acesso às novas tecnologias da informação. Ressaltou-se que as estruturas de gestão universitária devem reconhecer a centralidade da biblioteca como ferramenta pedagógica (AAU, 199). Programas de educação continuada para bibliotecas africanas para facilitar a requalificação, que atenda ao ambiente dinâmico da informação, devem ser apoiados porque deve haver uma concentração na formação para a tecnologia, independentemente da área da biblioteconomia em que se especialize. como acessar e filtrar o que está na web” (Rosenberg, 2000, p.15).
IMPLICAÇÕES DAS TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO
Uma escola de pensamento argumenta vigorosamente que as vantagens da tecnologia da informação são de dois gumes. A tecnologia também parece ter aumentado, em vez de diminuído, os problemas das bibliotecas universitárias africanas no fornecimento de informação. Equipamentos especiais são necessários para acessar e recuperar informações que vêm em formato eletrônico. Há problemas de armazenamento e conservação mesmo quando o equipamento está disponível. A tecnologia só pode ser instalada e utilizada se o financiamento adequado e sólido a apoiar. É indiscutível que o fator mais importante que vale a pena investigar seriamente é o lado econômico da questão. Em Serra Leoa, a administração da universidade inicialmente orçava de forma centralizada cerca de 6% para suas bibliotecas de faculdades e institutos. O financiamento central, no entanto, foi substituído por financiamento colegiado que é inadequado (Rosenberg, 1997). A administração deve reconhecer e apoiar a centralidade de seu centro nevrálgico acadêmico e garantir a sustentabilidade dos programas e serviços da biblioteca.
O desenvolvimento de sistemas para a organização do conhecimento e recuperação da informação atingiu um platô, com nomes de características fundamentais do sistema agora adequadamente experimentadas e testadas. No entanto, novidades dos conceitos centrais, o uso de arquivos invertidos para auxiliar na recuperação e o contexto em que muitos sistemas operam necessitam de revisão constante. Os pesquisadores estão buscando uma variedade de abordagens em sua busca por sistemas melhores, categorizados da seguinte forma:
1. Projeto do sistema, onde o objetivo geral é otimizar a eficiência e eficácia do sistema, incluindo armazenamento e sua velocidade de recuperação; e
2. A interface homem-computador (fator humano) onde o objetivo é melhorar a qualidade da interação entre o usuário e o computador para que o primeiro possa ter mais sucesso na extração do que necessita.
O GOVERNO NACIONAL
Os governos nacionais devem dar mais destaque às bibliotecas universitárias africanas na área do fornecimento de infra-estruturas e financiamento. É um truísmo que o governo de Serra Leoa, como outros governos africanos, está buscando formas e meios de reduzir a quantidade de dinheiro gasto na educação superior (Duah, 1999). A Nova Política Educacional para a Serra Leoa (1995) compromete-se, em princípio, a “estabelecer, equipar, gerir, manter e desenvolver um serviço de biblioteca eficiente na capital, cidades e distritos provisórios” (p.41). Até que tal política seja implementada, o sistema da biblioteca seria Rip Van Wrinkle. A informação é um fator de produção. Consequentemente, as instituições que adquirem, organizam, armazenam, preservam de forma que facilite a recuperação e a disponibilizam a potenciais usuários merecem apoio e atenção do governo. O Ministério da Educação do Gana, por exemplo, lançou várias iniciativas para melhorar a informatização e o acesso à Internet para as instituições de ensino. O projeto Educational Management Information System (EMIS) foi lançado em outubro de 1997 para fornecer serviços/acesso à Internet para administradores educacionais em todo o país.
CONCLUSÃO
Apesar da nova tecnologia, a missão da biblioteca permanecerá inalterada, embora as maneiras pelas quais os bibliotecários cumprem essa missão mudem. Os bibliotecários africanos devem encontrar um equilíbrio muito útil entre as funções da biblioteca convencional/tradicional e os métodos dos novos desafios para manter seu papel de liderança na era da informação. A biblioteca universitária deve considerar a operação de um sistema automatizado que seja acessível a alunos, professores e público em geral, a fim de apoiar os serviços de ensino, aprendizagem, pesquisa e extensão da universidade. Este sistema pode ser trabalhado através de esforços colaborativos de todos os envolvidos.
LISTA DE REFERÊNCIAS
Boletim da AAU (1999). O papel das bibliotecas universitárias em África, 5(2), pp.1-12.
Duah, V. (1999). A AAU e o ensino superior no próximo milênio. Boletim AAU, 5(2), pp.1-2.
Knopp, W. (1984). A biblioteca em um mundo tecnológico: problemas e dúvidas apresentadas pelo cliente. IFLA Journal, 10(1), pp.57-62.
Nova Política de Educação para Serra Leoa. Freetown: Departamento de Educação.
Rosenberg, D. (1997). Bibliotecas universitárias na África. Londres: Instituto Internacional Africano.
___________ (2000). Treinamento de Internet para bibliotecas. Boletim INASP, 15, p.15.
Simpson, D. (1984). Tecnologia avançada: o impacto secundário em bibliotecas e usuários. IFLA Journal, 10 (1), pp.43-48.
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