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Um painel de anticorpos monoclonais (mAbs) em investigação visando diferentes locais do vírus Epstein-Barr (EBV) bloqueou a infecção quando testado em células humanas em um ambiente de laboratório. Além disso, um dos mAbs experimentais forneceu proteção quase completa contra infecção por EBV e linfoma quando testado em camundongos. Os resultados aparecem online hoje na revista Imunidade. Cientistas do Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas (NIAID), parte do National Institutes of Health, em colaboração com pesquisadores do Walter Reed Army Institute of Research, lideraram o estudo.
O EBV é um dos vírus humanos mais comuns. Após uma infecção por EBV, o vírus fica inativo no corpo, mas pode ser reativado em alguns casos. É a principal causa da mononucleose infecciosa e está associada a certos tipos de câncer, incluindo o linfoma de Hodgkin, e doenças autoimunes, como a esclerose múltipla. Pessoas com sistema imunológico enfraquecido, como receptores de transplantes, são mais propensas do que pessoas imunocompetentes a desenvolver sintomas e complicações graves da infecção por EBV. Não há vacina licenciada para proteger contra o vírus.
Os pesquisadores desenvolveram vários mAbs de investigação visando duas proteínas-chave – gH e gL – encontradas na superfície do EBV. As duas proteínas são conhecidas por facilitar a fusão do EBV com células humanas e causar infecção. Quando testados em laboratório, os mAbs de investigação impediram a infecção por EBV de células B humanas e células epiteliais, que revestem a garganta no local inicial da infecção por EBV. Analisando a estrutura dos mAbs e suas duas proteínas de superfície usando cristalografia de raios-X e microscopia avançada, os pesquisadores identificaram vários locais de vulnerabilidade no vírus alvo. Quando testado em camundongos, um dos mAbs experimentais, chamado mAb 769B10, forneceu proteção quase completa contra a infecção por EBV quando administrado. O mAb também protegeu todos os camundongos testados do linfoma de EBV.
As descobertas destacam alvos viáveis da vacina contra o EBV e o potencial para os mAbs experimentais serem usados sozinhos ou em combinação para prevenir ou tratar a infecção por EBV em pacientes imunocomprometidos mais suscetíveis a doenças graves relacionadas ao EBV, de acordo com os pesquisadores. Pesquisas adicionais com mAb 769B10 estão planejadas, observam os autores.
Fonte da história:
Materiais fornecidos por NIH/Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas. Nota: O conteúdo pode ser editado para estilo e duração.
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