.
Um novo estudo mostra como as plantas “codificam” as químicas específicas de sua lignina para crescer e sustentar as mudanças climáticas: cada célula vegetal usa diferentes combinações das enzimas LACCASEs para criar químicas específicas de lignina. Esses resultados podem ser usados tanto na agricultura quanto na silvicultura para selecionar plantas com a melhor química para resistir aos desafios climáticos.
A lignina é um importante sumidouro de carbono para o meio ambiente, pois armazena cerca de 30% do carbono total do planeta. Permite que as plantas se hidratem e atinjam alturas tremendas de até 100 metros; sem lignina, as plantas não poderiam crescer nem sobreviver às mudanças climáticas. No nível celular, químicas específicas de lignina ajustam a resistência mecânica e a impermeabilização para apoiar o crescimento e a sobrevivência das plantas.
Cientistas da Universidade de Estocolmo demonstraram recentemente que a lignina tem um “código” químico que é adaptado no nível celular para cumprir diferentes funções nas plantas. Como cada célula “codifica” a química específica da lignina, no entanto, permanece desconhecido. Pesquisadores do Departamento de Ecologia, Meio Ambiente e Botânica (DEEP) da Universidade de Estocolmo, liderados por Edouard Pesquet, professor associado em fisiologia vegetal molecular e autor sênior do estudo, acabaram de mostrar que diferentes enzimas chamadas LACCASEs são usadas por cada célula para ajustar sua “código químico” da lignina para resistir a tensões como a seca ou o vento. O estudo finalmente mostra como a lignina é controlada espacialmente no nível nanométrico em cada célula da planta. As descobertas podem ser usadas tanto na agricultura quanto na silvicultura para selecionar plantas com uma química de lignina que resista melhor aos futuros desafios climáticos.
“O controle da química da lignina no nível celular é, em última análise, o mecanismo que permite que as plantas cresçam, se hidratem e resistam aos estresses das mudanças climáticas. Esses resultados finalmente demonstram como a química da lignina é controlada e abrem grandes possibilidades para selecionar plantas de acordo com seu código de lignina para melhorar as colheitas e resistência das árvores a problemas de disponibilidade de água”, diz Edouard Pesquet.
Fonte da história:
Materiais fornecidos por Universidade de Estocolmo. Observação: o conteúdo pode ser editado quanto ao estilo e tamanho.
.