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Primeira investigação do estado de tensão abaixo da falha de limite da placa do terremoto de Tohoku – Strong The One

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O grande terremoto de 2011 que causou o tsunami no nordeste do Japão ainda é lembrado por seu poder destrutivo.

Também conhecido como o terremoto Mw 9.0 Tohoku, a natureza sísmica desta calamidade inicialmente não estava totalmente clara. Enquanto os terremotos resultantes do estresse tectônico acumulado na falha reversa foram liberados apenas parcialmente. Em estudos anteriores onde liberações completas foram postuladas, a hipótese foi baseada na observação e simulação de sismicidade, ou em dados de medição de tensão direta acima da falha usando apenas dados de perfil.

Agora, uma equipe de pesquisadores da Universidade de Kyoto encontrou evidências de que uma liberação completa do estresse pode ter contribuído para o evento recorde.

“As pequenas diferenças entre tensões horizontais pós-terremoto máximas e mínimas perto da falha sugerem que o terremoto de Tohoku ocorreu após uma liberação completa de tensões”, explica o principal autor Weiren Lin.

A equipe descobriu que ambas as formações sedimentares acima e abaixo da falha limite da placa estão no estado de estresse de falhas normais nas quais o estresse vertical é maior que o estresse horizontal máximo.

“O conhecimento sobre as mudanças de tensão antes e depois deste terremoto, tanto acima quanto abaixo de uma falha de mergulho suave, pode nos fornecer informações sobre como o deslizamento da falha causou o tsunami que se seguiu”, reflete o autor.

A equipe de Lin conseguiu coletar dados para o estado de estresse acima da falha de origem do terremoto de Tohoku, na fronteira entre a placa norte-americana e a subducção da placa do Pacífico. No entanto, os dados geofísicos para o estado de tensão abaixo desta zona não eram confiáveis.

Para resolver esse problema, a equipe estudou uma das quatro amostras de perfuração coletadas pelo Japo Trench Fast — ou JFAST — Projeto de perfuração abaixo da falha de origem e foi o primeiro a revelar com sucesso o estado de tensão naquela profundidade.

“Nossos novos dados mostram boa consistência com os resultados anteriores acima da falha, sugerindo que a combinação de dados geofísicos e amostras de núcleo para investigar de forma abrangente os estados de tensão é eficaz”.

Fonte da história:

Materiais fornecidos por Universidade de Quioto. Observação: o conteúdo pode ser editado quanto ao estilo e tamanho.

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