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Uma nova maneira de identificar moléculas quirais com luz pode melhorar muito a eficiência da detecção – Strong The One

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Moléculas quirais são aquelas que possuem duas versões que são imagens espelhadas, como nossas mãos direita e esquerda. Essas moléculas têm a mesma estrutura, mas propriedades diferentes quando interagem com outras moléculas, inclusive aquelas dentro de nossos corpos. Isso é importante, por exemplo, em moléculas de drogas, onde apenas a versão destra ou canhota pode ter o efeito desejado.

Detectar e quantificar a quiralidade da matéria, no entanto, tem sido difícil. Os métodos atuais que usam uma forma de luz que produz uma hélice (torcida para a direita ou para a esquerda) têm o problema de que cada volta da hélice é muito maior do que as moléculas. Isso cria desafios importantes para a detecção de quiralidade molecular.

Agora, pesquisadores do Imperial College London, com colaboradores na Alemanha e na Espanha, criaram uma nova maneira de usar a luz para detectar a quiralidade. Em vez de fazer uma hélice de luz no espaço, eles criaram uma maneira de fazê-la hélice no tempo usando lasers com intensidades moderadas. Essa forma de luz impulsiona correntes eletrônicas quirais dentro das moléculas, fazendo com que uma versão da molécula emita luz brilhante enquanto sua contraparte permanece escura, melhorando muito a capacidade de detecção.

As simulações da equipe mostram que isso não exigiria lasers particularmente intensos, abrindo a possibilidade de imagens não destrutivas da quiralidade molecular. A equipe agora planeja colocar a teoria em prática, colaborando com outros físicos da Imperial para usar instalações de laser de femtosegundo para visualizar e manipular moléculas quirais.

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