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“Não deixe que eles nos matem.” Esta foi a última mensagem que Majid Kazemi, Saleh Mirhashemi e Saeed Yaghoubi enviaram clandestinamente de uma prisão iraniana dias antes de serem executados por enforcamento em maio de 2023. Os três homens foram condenados à pena capital, denuncia injustamente a Amnistia Internacional, acusados de moharebeh ou “inimizade com Deus” por “adquirir e utilizar armas de fogo contra o povo e a polícia, o que gerou terror na sociedade e resultou no homicídio doloso de três pessoas”, justificaram as autoridades daquele país. No total, o Irão executou 853 pessoas no ano passado, mais 48% do que em 2022, o que aumentou o número global de execuções de pena de morte em 30%, para 1.153, conta a ONG no seu relatório anual publicado esta quarta-feira. O número, no entanto, poderia ser muito maior, uma vez que não inclui “os milhares” que a organização estima terem sido realizados na China, no Vietname e na Coreia do Norte, mas que não inclui nas suas estatísticas por falta de dados fiáveis.
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