.

Quando Jair Bolsonaro deixou o poder em 1º de janeiro, deixou uma espécie de mina antipessoal plantada no Brasil da qual retirou a torneira. Não está claro quando vai explodir, mas se o fizesse, o dano seria enorme. Graças às mudanças legais promovidas pelo presidente anterior, as armas de fogo em mãos de particulares aumentaram vertiginosamente nestes quatro anos para perto de três milhões, segundo pesquisa de duas ONGs, o Instituto Igarapé e o Sou da Paz. O número, que é mínimo quando comparado aos EUA, significa que mais que dobraram porque eram 1,3 milhão quando o líder da extrema direita venceu as eleições em 2018. O novo presidente, Luiz Inácio Lula da Silva, ciente da potencial nocivo dessas armas, decretou restrições para comprá-las ou retirá-las de casa e deu prazo para que seus proprietários as registrassem novamente. O bolsonarismo anunciou uma ofensiva judicial contra o processo.
.
.





