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Os militares dos EUA estabelecerão um porto temporário na costa de Gaza para aumentar o fluxo de ajuda humanitária para o território sitiado, anunciará Joe Biden.
O presidente dos EUA fará o anúncio em seu discurso sobre o Estado da União nas próximas horas.
O plano – que um responsável israelita teria dito que Israel “apoia totalmente” – proporcionará capacidade para centenas de camiões adicionais de ajuda todos os dias.
Permitirá mais remessas de alimentos, medicamentos e outros itens essenciais para Gaza, disseram funcionários da administração dos EUA à rede parceira da Sky News, NBC News.
A operação não exigirá a presença de tropas americanas no terreno e as autoridades israelitas poderão examinar as mercadorias no porto da cidade, disseram as autoridades norte-americanas.
Espera-se que o porto leve algumas semanas para ser planejado e executado.
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As remessas virão através de Chipre, possibilitadas pelos militares dos EUA e por uma coalizão de parceiros e aliados, disseram também autoridades dos EUA à NBC.
No início desta semana, responsáveis da UE estiveram em Chipre para discutir a criação de um corredor de ajuda marítima com uma plataforma em Larnaca, na ilha.
Israel lançou a sua ofensiva em Gaza depois de o Hamas ter atacado o país em 7 de Outubro, matando cerca de 1.200 pessoas, a maioria civis, e raptando cerca de 250.
Mais de 100 reféns foram libertados em novembro em troca de 240 palestinos presos por Israel.
O número de palestinos mortos atingiu mais de 30.700, segundo o ministério da saúde liderado pelo Hamas em Gaza.
O território enfrenta uma catástrofe humanitária cada vez maior, com grupos de ajuda alertando que se tornou quase impossível entregar suprimentos na maior parte de Gaza.
Análise dos EUA:
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Muitos palestinianos, especialmente no norte devastado, lutam por alimentos para sobreviver.
Sir Mark Lowcock, ex-chefe do Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários, disse à Sky News que sem muito mais ajuda, haverá uma “explosão” no número de pessoas que morrem.
“O número de mortos por fome e doenças relacionadas será maior do que as 30 mil pessoas que se estima já terem sido mortas pelas bombas e pelas balas”, disse ele.
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