Estudos/Pesquisa

Equilibrar biodiversidade, alterações climáticas e alimentos para uma trifeta

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Em todo o mundo, e particularmente no Brasil, existe um embaraço de riquezas que também representa um confronto entre a mitigação das alterações climáticas e a protecção da biodiversidade contra o cultivo de alimentos.

Nesta semana Ciência do Meio Ambiente Totalcientistas do Centro de Integração e Sustentabilidade de Sistemas (MSU-CSIS) da Universidade Estadual de Michigan (MSU-CSIS) identificam maneiras de os proprietários de terras em áreas rurais serem capazes de capitalizar situações vantajosas para todos, tenham ou não terras frutíferas.

Tal como em outras regiões do mundo, as florestas que são refúgios para a biodiversidade e poderosas no combate às alterações climáticas foram convertidas em terras agrícolas. Na região de Mato Grosso do Brasil, no bioma Amazônia, os autores de “Equilibrando a produção de alimentos com a mitigação das mudanças climáticas e a conservação da biodiversidade na Amazônia brasileira”, analisaram as reservas legais do país – uma parte de cada propriedade rural privada que os proprietários deveriam permitem ser cobertos com mata natural, conforme Código Florestal Brasileiro.

Porém, muitas propriedades rurais não possuem reserva legal, considerada um “déficit”, segundo o autor principal Ramon Bicudo. O trabalho procura compreender e modelar formas de equilibrar florestas positivas para as alterações climáticas e a biodiversidade com terras agrícolas que substituíram as florestas.

  • Em muitas regiões onde o défice é elevado em áreas com forte produção alimentar. Neste caso, se os proprietários substituírem as terras de produção de alimentos por florestas naturais, o impacto económico e o impacto na produção de alimentos serão elevados.
  • Contudo, em muitas outras regiões onde existem défices de reservas legais, mas com padrões de produção alimentar mais baixos, existe um maior potencial para armazenar carbono e para melhorar a conservação da biodiversidade.
  • Impactot: Descobrindo como um caminho de compromisso e cooperação: “Usando nossos resultados, proprietários de terras com grandes déficits em grandes áreas de produção, em vez de “perderem” terras de produção para restauração, podem compensar seus déficits nas propriedades de outros proprietários em outras regiões da Amazônia bioma onde a produção de alimentos é baixa”, disse Bicudo. “Acreditamos que o grupo mais beneficiado podem ser os proprietários de terras”.

Recomendação: Este “mercado de terras verdes”, onde a oportunidade criada pela obrigação dos proprietários de terras terem reservas legais, pode criar incentivos para os proprietários procurarem as melhores áreas para restaurar, o que beneficiará economicamente regiões com menor potencial de produção de alimentos através de um mercado de restauração de ecossistemas.

“Esforços de pesquisa como este são importantes para a sustentabilidade não apenas no Brasil, mas também em todo o mundo teleacoplado, porque uma grande quantidade de alimentos produzidos no Brasil é exportada para países distantes como a China e muitos países europeus”, disse Jianguo “Jack ” Liu, Rachel Carson Presidente em Sustentabilidade e diretora do CSIS.

Além de Bicudo e Liu, o artigo foi escrito por James Millington, Andrés Viña, Yue Dou, Emilio Moran, Mateus Batistella e David Lapola.

O trabalho foi apoiado pela National Science Foundation e pela Michigan AgBioResearch.

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